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Nada adianta

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E tem ciúmes, como tem ciúmes. Tem ciúmes e implica com tudo que faço.  Tem ciúmes do tempo que  passo com os amigos e amigas. Condiciona o amor às necessidades neuróticas e quase acaba com ele. E às vezes decide ficar sem falar por um longo intervalo de tempo. Decora todos os meus sorrisos, os meus caminhos, as minhas vontades, só para poder tentar me entender e controlar meu mundo inteiro com um piscar de olhos. Nada adianta. Sei uma coisa ou outra a respeito de ter uma pessoa assim. Então, só me faz um favor.  Quando você tiver ciúmes, querer brigar e discutir, me chama. No céu estrelado Onde sempre soube Que você existia Do alto do meu amor Vou  te fazer sorrir . ◦ [ Repaginada, Ficção, qualquer semelhança com fatos ou pessoas é uma mera coincidência... ou não!] ◦

Alvo errado

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Eu e Amanda estávamos no metrô, sentados próximos a um moço que parecia ter bebido  além da conta.  O que não achei natural já que eram apenas sete horas da manhã. Sua camisa estava manchada de batom vermelho, o nó da gravata desapertado e uma garrafa de gim pela metade sobressaindo do bolso do seu paletó.  Depois de ler as mensagens de seu celular, Amanda observou de esguelha  o moço  e após alguns minutos, volta-se para mim e pergunta: - Diga-me, Fe, o que será que causa artrite?  Como o  moço estava nos escutando, aproveitei para lhe dar  uma  indireta:  - Escutar conversa alheia , ter uma vida  infeliz, passar a noite em claro na boêmia, muitas  mulheres de vida fácil, muito álcool e pouca fé  aumentam a chance de contrair  qualquer tipo de doença.  - Puxa vida... - disse Amanda - estou desconsolada.  Arrependido de ter dito isto  para Amanda e por ela ter sido o alvo errado da indireta, comecei a desculpar-me: - Eu sinto muito, minha linda Amanda... não queria ser

Eu escrevo, Amo - te!

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Cheguei na porta.  Ganhei um sorriso.  E um abraço.  Me olhou fundo nos meus olhos. Notou as gotas de suor que seguiam caindo.   Olhou para baixo e as minhas mãos nervosas esfregavam-se uma na outra.  Meus lábios apertados, rosto franzido, expressão pálida.  Me disse que o amor pode tudo.  Mas implica alguma coragem... Fechei a porta do quarto.  Sentei no assoalho . Olhei para o vazio do teto branco.  Pensei nas suas  palavras que tem tanto de mim, que  mexem em algo tão pessoal que se eu abrir a boca para falar sobre elas, estarei falando sobre você também... Sei que nos vincos de minha face não estarão tatuadas expressões de alegrias que tivera contigo, mas sem teus olhos, a coragem de trazer poesia aos meus dias.  Tingir com  amor as minhas palavras.  Escrever todas as frases engasgadas que não puderam ser ditas e que iriam se esfumar com o passar do tempo. No fim de contas, não tenho nada mais a não ser uma caneta e um papel à mão para que eu possa tentar expr